The Big Decision! |
Eu, particularmente, venho querendo me mudar para a Europa a
bastante tempo, desde antes do meu filho nascer. Não é uma decisão fácil e mais
difícil ainda é preparar a vida por lá, por isso nessa época (com meus 16 anos)
não passava de um sonho mesmo.
Quando fiz 17 anos, conheci meu (tão amado) marido. Nos
conhecemos basicamente pela internet, pois tínhamos nos visto somente uma vez.
Durante seis meses nosso relacionamento foi exclusivamente por msn e telefone.
O motivo disso tudo é porque ele morava em Manchester (olha só o destino
batendo na minha porta) e a nossa única forma de contato eram essas. Em junho
de 2010 o Bruno veio embora de vez (em vez de me levar –‘) e nós continuamos
com o nosso namoro até que tudo aconteceu: eu engravidei, nós casamos,
começamos a trabalhar e ver o quanto é difícil dar uma vida boa, uma educação
de qualidade e oferecer cultura para um filho.
De uns tempos pra cá começamos a discutir com mais
intensidade essa vontade de sair do Brasil. Meu filho já esta com quatro anos e
sua adaptação em um país diferente com uma língua diferente não seria tão
difícil. Pra nós é primordial que ele tenha uma educação de primeira e por mais
que nós nos esforçamos e pagamos uma escola particular, ainda não é o que
queremos. Ano passado (2014) eu decidi mesmo que queria ir, mas nunca conversei
isso com meu marido pois ele é simplesmente apaixonado pelo Brasil, apenas
nutria esse sentimento e essa vontade dentro de mim.
A questão é que sou totalmente impulsiva e ansiosa e quanto
mais eu guardo a vontade que eu tenho de fazer as coisas só pra mim, mais
ansiosa e mais nervosa eu fico, portanto depois do carnaval resolvi colocar
todas as cartas na mesa. Fiz muitas pesquisas pra isso, falei com amigas que
moram fora, pesquisei regiões e preços de alugueis. Pesquisei trabalhos lá
fora, escolas primárias, carro que teríamos que comprar e fiz uma cotação do
que teríamos que levar, quanto gastaríamos, quanto tempo teríamos pra nos
estabelecer e quando iríamos. Não pensem que foi fácil, mas pra mim foi
extremamente prazeroso procurar casas e me imaginar morando nelas. Ver as
escolas e poder visualizar meu filho vestido de terno e gravata falando um belo
inglês e tudo isso me motivou a fazer um texto bastante explicativo e elaborado
para meu marido, para que assim ele tivesse que achar bons motivos para negar
nossa ida pra Manchester.
Por fim a reação dele foi completamente diferente do que eu
esperava. Ele leu enquanto eu estava tomando banho (porque fiquei com vergonha
dele ler na minha frente e achar que eu sou uma ridícula sonhadora) e quando
terminei ele sentou comigo e conversou. De acordo com ele, esse é o sonho dele também
e ele concorda com (quase) todos os pontos que eu coloquei. A forma como
devemos juntar dinheiro, a data da nossa ida, o fato de irmos somente eu, ele e
o nosso filho. A única coisa que ele não concordou foi sobre a minha faculdade,
que eu tranquei.
Pra vocês entenderem melhor, eu estou no quarto período de
direito e não tenho nenhuma vontade de continuar com o curso, apesar de ser
apaixonada por ele. Não acredito na justiça brasileira, na verdade não acredito
em quase nada no Brasil. Ou eu teria que passar em concurso, onde a pressão é
tremenda, ou eu teria que trabalhar para bandido, para assim poder ganhar um
bom dinheiro. Até a gente ir embora, eu vou estar no sexto período, por isso
que pra mim não faz nenhuma diferença.
Então foi assim que chegamos a nossa decisão e agora eu
estou super empolgada e olhando mil coisas que eu quero saber antes de ir,
apesar dele me falar muito que eu só vou saber como que é a realidade inglesa
quando eu morar lá. Eu não me importo, fico olhando do mesmo jeito. O próximo
post vou fazer sobre as finanças... o que vamos economizar, como vamos fazer,
do que precisamos e de quanto precisamos.
I see u soon!
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