terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

The Big Decision!


Eu, particularmente, venho querendo me mudar para a Europa a bastante tempo, desde antes do meu filho nascer. Não é uma decisão fácil e mais difícil ainda é preparar a vida por lá, por isso nessa época (com meus 16 anos) não passava de um sonho mesmo.
Quando fiz 17 anos, conheci meu (tão amado) marido. Nos conhecemos basicamente pela internet, pois tínhamos nos visto somente uma vez. Durante seis meses nosso relacionamento foi exclusivamente por msn e telefone. O motivo disso tudo é porque ele morava em Manchester (olha só o destino batendo na minha porta) e a nossa única forma de contato eram essas. Em junho de 2010 o Bruno veio embora de vez (em vez de me levar –‘) e nós continuamos com o nosso namoro até que tudo aconteceu: eu engravidei, nós casamos, começamos a trabalhar e ver o quanto é difícil dar uma vida boa, uma educação de qualidade e oferecer cultura para um filho.

De uns tempos pra cá começamos a discutir com mais intensidade essa vontade de sair do Brasil. Meu filho já esta com quatro anos e sua adaptação em um país diferente com uma língua diferente não seria tão difícil. Pra nós é primordial que ele tenha uma educação de primeira e por mais que nós nos esforçamos e pagamos uma escola particular, ainda não é o que queremos. Ano passado (2014) eu decidi mesmo que queria ir, mas nunca conversei isso com meu marido pois ele é simplesmente apaixonado pelo Brasil, apenas nutria esse sentimento e essa vontade dentro de mim.

A questão é que sou totalmente impulsiva e ansiosa e quanto mais eu guardo a vontade que eu tenho de fazer as coisas só pra mim, mais ansiosa e mais nervosa eu fico, portanto depois do carnaval resolvi colocar todas as cartas na mesa. Fiz muitas pesquisas pra isso, falei com amigas que moram fora, pesquisei regiões e preços de alugueis. Pesquisei trabalhos lá fora, escolas primárias, carro que teríamos que comprar e fiz uma cotação do que teríamos que levar, quanto gastaríamos, quanto tempo teríamos pra nos estabelecer e quando iríamos. Não pensem que foi fácil, mas pra mim foi extremamente prazeroso procurar casas e me imaginar morando nelas. Ver as escolas e poder visualizar meu filho vestido de terno e gravata falando um belo inglês e tudo isso me motivou a fazer um texto bastante explicativo e elaborado para meu marido, para que assim ele tivesse que achar bons motivos para negar nossa ida pra Manchester.
Por fim a reação dele foi completamente diferente do que eu esperava. Ele leu enquanto eu estava tomando banho (porque fiquei com vergonha dele ler na minha frente e achar que eu sou uma ridícula sonhadora) e quando terminei ele sentou comigo e conversou. De acordo com ele, esse é o sonho dele também e ele concorda com (quase) todos os pontos que eu coloquei. A forma como devemos juntar dinheiro, a data da nossa ida, o fato de irmos somente eu, ele e o nosso filho. A única coisa que ele não concordou foi sobre a minha faculdade, que eu tranquei.

Pra vocês entenderem melhor, eu estou no quarto período de direito e não tenho nenhuma vontade de continuar com o curso, apesar de ser apaixonada por ele. Não acredito na justiça brasileira, na verdade não acredito em quase nada no Brasil. Ou eu teria que passar em concurso, onde a pressão é tremenda, ou eu teria que trabalhar para bandido, para assim poder ganhar um bom dinheiro. Até a gente ir embora, eu vou estar no sexto período, por isso que pra mim não faz nenhuma diferença.
Então foi assim que chegamos a nossa decisão e agora eu estou super empolgada e olhando mil coisas que eu quero saber antes de ir, apesar dele me falar muito que eu só vou saber como que é a realidade inglesa quando eu morar lá. Eu não me importo, fico olhando do mesmo jeito. O próximo post vou fazer sobre as finanças... o que vamos economizar, como vamos fazer, do que precisamos e de quanto precisamos.

I see u soon!